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Alunos conhecem os desafios de uma propriedade que busca produzir 2 mil litros de leite por dia

/ PECUÁRIA

Os alunos do curso técnico em agronegócio, tiveram a chance de ver, na prática, como funciona toda a cadeia de produção do leite, da porteira para dentro. A aula prática de “Gestão de Tecnologia no Agronegócio”, ministrada neste sábado (17) pelo Senar/MS em parceria com o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), mostrou todos os processos por trás da produção de mais de 850 litros de leite por dia.

 

 

A zootecnista responsável pela nutrição animal da propriedade, Larissa Freitas, explica que a expectativa da propriedade é sair dos 850 litros de leite por dia, para 2 mil litros por dia. “A meta do proprietário é alcançar 2 mil litros por dia, para isso acontecer trabalhamos bastante com a produção de fêmeas para conseguirmos aumentar o volume de lactação, para que possamos começar a comercializar genética e ajudar os demais produtores de leite do nosso Estado, tendo animais com genética diferenciada para poder vender também”.

 

Ainda segundo Larissa, o Senar/MS deu a oportunidade de entrar no mercado de trabalho como profissional particular na fazenda. “Eu entrei aqui na Chácara Engenho pelo Senar/MS com o Ateg de bovino de leite, eu vinha uma vez por mês, foi quando o proprietário me chamou e falou que não estava sendo suficiente, então hoje o proprietário tem a assistência técnica do Senar e também de uma zootecnista particular”.

 

O engenheiro agrônomo e instrutor do Senar/MS, Rogério Gonçalves, explica que o Senar leva a informação técnica para o campo, como uma formação continuada, se tornando praticamente uma especialização para o produtor rural e também para o aluno.

 

“O objetivo é ser o mais prático possível, estimular o aluno a conhecer esse meio do agronegócio, para que ele atue nesse setor que impulsiona o Brasil. Temos um público muito urbano, tem gente que não conhece a realidade do campo, e nosso objetivo é estreitar isso, é muito mais enriquecedor ver no campo do que na sala de aula”, afirma o instrutor.

 

De acordo com a Famasul, somente entre 2016 e 2019, nos cursos de Formação Profissional Rural e Promoção Social, foram mais de 4 mil participantes no município, somando um total de 9,5 mil horas de carga horária. O aluno do curso técnico em agronegócio, Luciano Barros, afirma que a prática pode ser bem melhor aproveitada. “Tem muita gente que não conhece o processo, principalmente do leite, acha que ele vem da caixinha no supermercado, por isso é importante visitar os processos”.

 

Os alunos ainda tiveram a oportunidade de conversar com o proprietário da fazenda e presidente do SRCG, Alessandro Coelho, que explicou para os alunos toda a dificuldade na produção do leite.

 

“Eu acredito que é um momento oportuno para quem quiser investir, mas a alegria do leiteiro dura pouco, com o mercado muito volátil. O preço do leite tinha subido e agora ele volta a cair, isso porque agora é a época que começa a aparição natural do produto, um monte de gente que começa a fornecer leite. Aqui na leiteria quando chega essa fase, nossa produção cai praticamente pela metade”, finaliza o produtor rural.

 

Geliel Oliveira - Agro Agência