Cepea: indústria de fécula de mandioca atinge R$ 1 bilhão

O Valor Bruto da Produção da indústria brasileira de fécula de mandioca – um dos principais derivados da raiz – chegou a R$ 1,007 bilhão em 2013, acréscimo de 58% frente ao de 2012. A informação foi divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nesta terça-feira (22/4). De acordo com um levantamento feito em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), o crescimento foi registrado mesmo com uma queda de 7,6% no volume moído pelas fecularias e de 0,8% no rendimento médio em relação a 2012.

Na média geral das regiões acompanhadas pelo Cepea, a tonelada de raiz posta na indústria foi de R$ 381,69 (valor nominal, a prazo) em 2013, valorização de 61,1% frente a 2012. A fécula também teve sucessivas valorizações, com a média chegando a R$ 2.125,09 a tonelada (R$ 53,12 a saca de 25 quilos), alta de 58% frente ao valor médio de 2012.

“Esses percentuais mostram que, diante da disputa acirrada por matéria-prima entre fecularias e farinheiras, a raiz novamente – pelo quarto ano seguido – valorizou-se mais que a fécula, sendo indicativo de aperto nas margens da indústria”, analisou o Cepea.

Ainda segundo o levantamento, a produção da fécula poderia superar 1 milhão de toneladas em 2013, mas a indústria operou com 53,5% de ociosidade. A estimativa é que a produção tenha sido de 473,72 mil toneladas.

2014
Neste ano, a oferta de mandioca no Brasil pode aumentar cerca de 10% em relação a 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados do Cepea mostram que no primeiro semestre deste ano o volume processado pela indústria de fécula supera em 11% o de igual período no ano passado.

Por conta das chuvas que ocorreram no começo da última semana, o ritmo da colheita de mandioca recuou na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (22/4).

Entre 14 e 17 de abril, o valor médio a prazo médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 319,74, baixa de 2,6% frente à média anterior.

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL/GLOBO RURAL