Pular para o conteúdo principal

Cerca de 300 cabeças de gado foram recuperadas pela polícia.

/ SINDICAL

Cerca de 300 cabeças de gado foram recuperadas pela polícia

Uma quadrilha que furtava gados de alto valor comercial em Mato Grosso do Sul foi presa por policiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras). 300 cabeças já foram recuperadas pela polícia, número que pode ser bem maior. As investigações continuam para identificar quem emitia notas frias para o grupo, que também comercializava os animais. O prejuízo de proprietários rurais do Estado pode chegar à R$ 1 milhão. Hoje (9) a equipe do Garras apresentou a dinâmica das investigações e todos os presos pelo crime de abigeato, o furto de gado. São eles: Helio Ângelo dos Santos, 38 anos; Dilson Aparecido Almada, 38; Leandro Sanchez, 18; Ronaldo Ribeiro Melo, 25;  Luiz Fernando, 26 anos; Eliton, 26; Elias (receptador) de 52 anos e os irmãos Marcio Antônio Morais, 24 anos; Odair José Morais, 26; Marcos Lean Morais, 22. Antônio de Paz Melo, pai de Ronaldo, também faz parte da quadrilha, mas ainda não foi localizado pela polícia. O grupo furtava gado Brangus Red Angus, que tem um alto valor comercial. Segundo a polícia, uma quadrilha meticulosa, cada um com uma função. “Os três irmãos eram peões, laçavam os animais com facilidade. No primeiro furto eles levavam apenas bezerros, depois adquiriram um caminhão boiadeiro para realizar o furto e retornaram para a mesma fazenda”, explica o delegado Fábio Peró. As prisões aconteceram com a ajuda das câmeras de segurança de um posto de combustíveis, localizado na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. “Começamos as investigações após o registro de furto de 110 cabeças de gado em fevereiro. Era difícil descobrir a quadrilha, já que sempre depois do furto, eles escondiam os veículos. Mas desta vez, eles levaram dois caminhões, um Ford Cargo e um Mercedes Benz para abastecer em um posto na saída para Três Lagoas. Após monitoramento, vimos toda a ação da quadrilha”.  A polícia definiu a quadrilha como extremamente organizada. Trabalhava com motoristas, laçadores e pessoas com conhecimento para efetuar adaptação em rampas e rompimento de porteiras. O grupo também já havia adquirido propriedades, arrendamentos clandestinos, sem inscrição da Iagro para esconder os animais furtados. Também, de acordo com a polícia, três envolvidos já foram presos anteriormente pelo mesmo crime. “Dilson, Helio e Ronaldo foram detidos primeiro. Eles já foram presos pelo mesmo crime anteriormente e agora estavam se fortalecendo para continuar com os furtos no Estado, estavam ampliando sua rede”, comentou o delegado. As fazendas furtadas geralmente eram de beira da estrada, que facilitava os furtos e após, os animais eram levados para uma propriedade em Aquidauana. “Eles escolhiam fazendas de beira de estrada porque eram mais fáceis, mas depois seguiam por estradas cabriteiras para chegar até Aquidauana, evitando esbarrar em fiscalizações da polícia”, revelou.  Durante a prisão a polícia também apreendeu armas de fogo, carros que foram adquiridos com dinheiro arrecadado com o furto do gado, munições, o Ford Cargo e o Mercedes Benz. Durante entrevista, Helio disse à polícia que trabalhou em um frigorifico carregando gado e conhecia as estradas vicinais de acesso as propriedades rurais.  As investigações continuam a fim de identificar quem emitia notas frias para a quadrilha, já que alguns gados eram comercializados. Um dos autores, inclusive, comprou um açougue há cerca de 15 dias, onde certamente, segundo a polícia, seria local de abate dos animais. Presente na apresentação da quadrilha, o representante da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ruy Facchini exaltou o trabalho da polícia com a identificação da quadrilha. “A insegurança no campo é muito grande e a partir dessas prisões começa a surgir um novo horizonte. Esses furtos acontecem com frequência e as quadrilhas cada vez mais preparadas”, finalizou Facchini.

Delegado Geral da Polícia,equipe do Garras e representantes da Famasul e Sindicato Rural participaram da coletiva. (Foto:Marcelo Calazans)


Leia mais em: http://www.diariodigital.com.br/policia/quadrilha-causou-prejuizo-de-quase-r-1-milhao/127324/


Leia mais em: http://www.diariodigital.com.br/policia/quadrilha-causou-prejuizo-de-quase-r-1-milhao/127324/