Controle de micotoxinas reduz problemas digestivos e mortalidade nos rebanhos de corte
Principal componente da dieta dos bovinos de corte, o milho expõe os animais à ação das micotoxinas, ocasionando queda no desempenho produtivo, maior índice de mortalidade e incidência de problemas metabólicos nos animais. A utilização de adsorventes naturais tem se mostrado uma estratégia eficaz para minimizar o risco de contaminação ou contornar o problema, como relatou o zootecnista e diretor técnico da Coan Consultoria, Rogério Marchiori Coan.“Nós coletamos amostras da silagem e o resultado mostrou que o problema era muito maior do que o previsto. A partir disso, optamos por utilizar o Mycorsorb® A+ devido a tecnologia existente nos componentes do produto. No terceiro dia de aplicação já sentimos a evolução, e, em uma semana, a situação estava praticamente contornada. Com isso, o padrão de consumo se estabilizou, os óbitos foram extintos e a produtividade foi regularizada”, contou.
Desenvolvido pela Alltech, referência na área de nutrição e saúde animal, o Mycorsorb® A+ foi desenvolvido com tecnologias próprias e exclusivas, além de naturais. “A composição de leveduras e carboidratos funcionais do produto amplia a capacidade de adsorver micotoxinas no trato gastrointestinal dos animais. Isso interfere diretamente nos custos dos produtores, que dependendo da situação, podem aplicar o produto em menor escala devido a sua eficiência”, destaca o gerente de marketing para o Programa de Gestão de Micotoxinas da Alltech, Cristian Dieterich. O programa já existe há mais de 20 anos, e também apresenta soluções como o 37+, que quantifica o nível de 38 micotoxinas por meio de Ultra Espectrometria de Massa (LC/MS-MS), enquanto as análises tradicionais identificam no máximo cinco.
Prevenção
De acordo com o pesquisador de Produção de Aves e Suínos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Everton Krabbe, o controle precisa existir de forma preventiva também para garantir a produtividade dos animais. “Por uma questão de custos há uma flexibilização e eventualmente o não uso de adsorvente pelos produtores. Com isso, no momento em que há um impacto fortíssimo, por mais que venha utilizar, o produto não faz uma reversão completa do problema. Por isso, a Embrapa entende que usar o recurso de forma preventiva é melhor do que atuar para contornar uma situação”, explicou.
“Em vista da variabilidade da qualidade do milho, principal matéria prima das rações, a Embrapa Suínos e Aves tem utilizado sistematicamente sequestrantes de micotoxinas, dentre os quais, o Mycosorb A+, por apresentar requisitos considerados importantes para esta finalidade”, disse o pesquisador. Ele destacou ainda que os cuidados com a contaminação englobam uma série de processos e que a nutrição também é parte fundamental.
Fonte: Agrolink