Demanda por galinha caipira cresce e produção deve aumentar 100% até 2016
A galinha caipira tem ganhado espaço nas prateleiras dos mercados e na mesa do consumidor brasileiro. Os avicultores comemoram o crescimento e já preveem, para 2016, um salto de 100% na produção nacional, que hoje é de 123 mil toneladas ao ano.
Há três anos, Fernando Morais decidiu investir na criação de galinhas caipiras. Por mês, ele produz cerca de mil aves, que são abatidas e comercializadas nos principais mercados do Distrito Federal. O negócio está indo tão bem, que o avicultor pretende ampliar a granja.
– Pra Brasília, por enquanto. Mas, tenho expectativa de ampliar para a região Centro-Oeste, Sudeste. O mercado hoje é muito promissor, a gente já está com toda a nossa produção definida, demandada, e a gente pretende esse ano ainda, com recursos dos bancos oficiais, quadriplicar a produção – projeta o avicultor.
O mercado brasileiro de aves, chamadas alternativas, está em expansão. Empresas do setor têm crescido em média 15% a 20%, e têm conseguido atender somente a demanda interna.
É o caso da companhia Avifran, que produz 3,5 milhões de pintinhos caipiras francês por mês. Nos últimos cinco anos, a empresa cresceu mais de 60%.
– A busca pela alimentação natural fez com que a busca pela galinha caipira aumentasse muito nos últimos anos, então, quem produz tem toda a sua produção escoada com facilidade. Inclusive tem faltado no mercado e isso faz com que o preço do produto seja bem mais elevado – comenta Luciano Maia, diretor-executivo da companhia.
Diferente do frango industrializado, a galinha caipira é criada solta, tem alimentação 100% vegetal e não recebe hormônios. Com isso, o tempo para abate é maior, 90 dias.
– Nos dez primeiros dias, a gente tem um controle com mais detalhe, tem que colocar luz e depois ele fica solto e pega a própria resistência. A perda é mínima no manejo – ensina Morais.
O diretor da Avifran aponta outra vantagem. Por conta do confinamento da galinha industrial, ela acaba andando pouco e tendo mais gordura que a produção caipira.
– Então, ela é muito rica em gordura e a galinha caipira não, ela se movimenta, queima gordura. É uma carne magra bem mais saudável.
Apesar de vantajosa, a produção de galinha caipira representa somente 1% do volume de carne de frango produzida no país.
– A vantagem da galinha caipira é a lucratividade, hoje é um produto escasso no mercado e a procura está cada vez maior – indica Maia.
Fonte: Canal Rural