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Exportações de carne bovina seguem em ritmo de crescimento

/ PECUÁRIA

Em Mato Grosso do Sul, os pecuaristas investem na compra de gado jovem para garantir um boi gordo mais rápido. O aumento das exportações para a Rússia mexeu com a atividade.

De olhos bem atentos, o criador Carlos Xavier avalia o lote de 700 animais que acabou de trazer para o sistema de semiconfinamento. O pecuarista que faz a engorda de bovinos em Campo Grande está animado com a valorização do boi. Ele já recebeu ofertas de R$ 128 pela arroba.

Dois fatores contribuem para o cenário positivo: a falta de animais prontos para o abate e a demanda aquecida nos mercados interno e externo. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, entre janeiro e setembro, o Brasil faturou US$ 5,3 bilhões, aumento de 10% na comparação com 2013.

Hong Kong e Rússia lideram o ranking de países compradores. O destaque fica para os russos, que em função do rompimento de acordos comerciais com Estados Unidos e países da Europa, direcionaram grande parte de suas compras para o mercado brasileiro.

Em 2014, o faturamento com as exportações para a Rússia chega a US$ 1 bilhão, aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Parte desses números se deve à reabilitação de novos frigoríficos.

Hoje, 71 unidades estão habilitadas no país, seis delas em Mato Grosso do Sul. Elas enviam basicamente a carne da parte dianteira do animal, mas apesar da crescente demanda, o gerente de um frigorífico em Campo Grande, Eduardo Azzi, explica que o preço pago pelo produto está, em média, 20% mais baixo este ano em comparação com 2013. Em outubro, o quilo do dianteiro ficou em US$ 4,20.


Fonte: Globo Rural