Ministério do Desenvolvimento Agrário quer Plano Safra mais regionalizado

Valor destinado ao custeio e investimento pode chegar a R$ 23 bilhões

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pediu que os Estados colaborem na elaboração de um Plano Safra mais regionalizado. O valor destinado ao custeio e investimento pode chegar a R$ 23 bilhões. Para isto, os secretários estaduais estiveram reunidos nestas quarta, dia 23, em Brasilia com o governo, e apresentaram propostas para o Plano Safra e para o Plano Safra da Agricultura Familiar, que devem ser lancados até o fim de maio.

– Começamos pelo Plano Safra do Semiárido, ao longo do ano vamos avançar para o da Amazônia e já desenhamos pequenas políticas para o Cerrado – diz o secretário nacional de Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini.

De Santa Catarina vem um pedido de criação de uma linha de crédito para microempresas prestadoras de serviços mecanizados. Das 200 mil propriedades rurais do Estado, 90% têm menos de 50 hectares e podem ser beneficiadas.

– Isso faz muita falta pois o agricultor é impossibilitado de ter sua própria máquina ou a possui e não consegue pagar, porque sua propriedade é muito pequena. Então a indústria de serviços no meio rural é a alternativa que temos para aumentar a eficiência da agricultura familiar no Brasil – explica o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies.

Os secretários abordaram também a importação de banana do Equador e a preocupação com o RISCO DE ENTRADA NO PAÍS DO FUNGO QUE PROVOCA O MAL-DO-PANAMÁ, doença que pode causar prejuízos bilionários aos bananais, de acordo com pesquisas da Embrapa. O ministro da Agricultura, Neri Geller, garantiu que nenhuma compra será feita até que o grupo técnico formado para analisar o caso conclua a avaliação sobre os impactos econômicos e fitossanitários na produção brasileira. Ele assegurou, também, empenho por parte da pasta para regularizar o repasse aos Estados para ações de defesa sanitária. Em 2013, R$ 80 milhões não foram recebidos.

– Lembrando, por exemplo, que a próxima campanha da Aftosa nos Estados que vacinam começa no dia 1 de maio, é fundamental que já tenham sido repassados os recursos, para que não tenhamos sustos. Um surto novo que é um problema de Nação, não de Estado. Nós temos a predisposição do ministro e eu acredito muito que ele vá nos ajudar desta vez – aponta a presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), Monika Bergamaschi.

CANAL RURAL/ RURAL BR AGRICULTURA