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Pecuaristas aguardam desempenho do Precoce MS

/ PECUÁRIA

Diego Silva - Agro A

O Subprograma de bonificação ao pecuarista do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Precoce MS, antigo Novilho Precoce, reformulado e lançado no dia 1º de fevereiro de 2017, passa a exigir maior empenho da porteira para dentro. Para aumentar o desfrute do rebanho e estimular o mercado de qualidade, passam a ser aceitos para a bonificação machos com o mínimo de 225 quilos e fêmeas de pelo menos 180, com acabamentos de gordura do tipo 2, 3 ou 4. Entre os animais qualificados pelo Programa, o pecuarista poderá receber até R$ 4,55 por arroba, além do valor de mercado.

Na versão anterior o Estado considerava apenas o animal, a partir deste mês passaram a considerar também o seu sistema de produção. Levando em conta um conjunto de características, desde a idade do animal, a uniformidade do lote, a qualidade da carcaça, três itens que são somados ao modelo de produção e formam o novo Programa Precoce MS.

Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, após todos esses anos de existência do programa, era necessária a reformulação. “Diante do avanço da pecuária, com a introdução de novas tecnologias, desde o melhoramento genético, nutrição, sanidade, entre outros, entende-se a importância dessa nova adequação, sendo que hoje a palavra “gestão” é fundamental para se manter na atividade”, conclui. 

Criador em Corguinho, Antônio João de Almeida, que se dedica aos ciclos de recria e engorda na Fazenda Monte Cristo, acredita que aqueles produtores que já se dedicam à qualidade, pouco deverão fazer para obter maiores benefícios. “Para aqueles que já participam de uma associação, como a Novilho Precoce, já terão os requisitos aplicados, sendo necessários apenas pequenos ajustes para se adaptarem à proposta do Estado. Mas não é difícil, ainda mais se o produtor já leva em consideração a qualidade do seu rebanho, de olho também em rentabilidade superior”.

Almeida também faz um alerta aos criadores de Mato Grosso do Sul. “Caso o criador não seja integrante de um programa ou associação semelhante à Novilho Precoce, este precisará entrar. Por que se continuar com a pecuária de 5 ou 10 anos atrás, este, fatalmente sairá do mercado. A pecuária mudou, assim como a economia e as exigências do consumidor, que hoje está preocupado também com o meio ambiente, sustentabilidade e o bem estar animal”, defende o pecuarista.

O Precoce MS também de alterar a gestão na propriedade do pecuarista de Camapuã, Rafael Ruzzon, que deverá apartar um pouco mais seu rebanho, em busca de maior homogeneidade. “Só assim vou conseguir atingir os níveis ideais para receber a bonificação. Na parte de manejo e controles de suplementação, pretendo forçar um pouco, no sentido de deixar os funcionários da fazenda mais atentos quanto aos cuidados, aumentando suas responsabilidades para conseguirmos maior benefício”, detalha.

Ruzzon chegou a implantar um programa de remuneração na fazenda, com metas quanto a quantidade de animais abatidos e, agora, com o Precoce MS, pensa na hipótese de incluir na meta a qualidade do animal. “Já trabalhamos com o gado em um sistema semi intensivo, e com a proposta do Governo, o que melhora é a atenção, sem maior desembolso. Mas nada difícil, apenas apertar um pouco os detalhes que conseguimos sucesso. É bom lembrar que o Programa está fácil de aderir, basta ser atento, que conseguimos melhor remuneração”.