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Saindo do castigo

/ SINDICAL

Waldir Guerra *

 

Normalmente fico a semana toda ruminando problemas políticos e econômicos, coisas necessárias para estar a par do que está acontecendo na sociedade, mas nunca deixo de lado aquele interesse que qualquer um tem dentro de si próprio, lúdico e pessoal, a respeito do esporte preferido.

Nesta semana estou aqui todo motivado para falar esse outro assunto, o do esporte, em função da boa colocação na tabela do campeonato da Série B do Palmeiras. 

Como palmeirense faz um bom tempo que amargo o castigo de ter que acompanhar a segundona e torcer para que meu time volte à luta dentro da série A.

Assistir jogos pela Internet ou pelo rádio foi o que fiz neste ano já que os canais abertos de TV quase nunca transmitem jogos da Série B. Assim, fico apenas com a informação do resultado, o que é muito pouco para satisfazer toda a curiosidade a respeito do meu time do coração.    

Não foi fácil, é verdade, ver o time ser rebaixado, mas mesmo assim, penso que valeu a pena. Valeu porque precisamos servir de exemplo para os demais que quando rebaixados não tentem escapar do castigo por medidas judiciais.

Depois, ainda tem a questão interna: a luta precisa ser constante, tanto para não cair, como no esforço para voltar quando, como acontece agora com o Palmeiras, precisa de um esforço ainda maior para ser superado.  

Não é a primeira vez que o Palmeiras cai para a segundona. Já nos aconteceu isso e foi no ano de 2003. Naquele ano amargamos uma passagem pela série B como nos acontece hoje. Mas nos recuperamos e acabamos sendo campeões da Série B naquele campeonato. Isso significa dizer que poderemos acumular mais um título novo, o de bicampeões na Série B – isso se nos classificarmos em primeiro lugar, claro.

O caminho ainda é longo e depende de muitos pontos a ser alcançados para garantir a classificação. Neste sábado fomos buscar mais um ponto lá em Minas contra o América mineiro e, assim, a continuar essa boa campanha, a classificação estará garantida ainda dentro do mês de outubro próximo. E quando se está disparado na primeira colocação fica mais fácil manter a fé.

Não me estranhe caro leitor por manter firme minha esperança na recuperação do Palmeiras nesta nova semana. Preciso acreditar em alguma coisa boa para me devolver o ânimo que acabo de perdê-lo nesta última semana.

Na verdade ando meio desanimado e não somente por conta da falta de atitudes dos nossos políticos que teimam em não entender as mensagens do povo, mas agora também por ver o Supremo se enroscar no próprio anzol dos tais embargos infringentes. O pior é que no meio desse emaranhado de linhas fica presa também minha esperança de ver finalizado esse julgamento.    

De um julgamento concluído aguardando apenas as formalidades finais para encerrar de vez as páginas do mensalão, eis que a posse de novos membros no Tribunal me obriga a continuar assistindo essa cansativa missa ainda rezada em latim e de costas para o povo. Até quando ninguém sabe muito menos eu.

Por tudo isso minha esperança de dias melhores fica agora por conta do Palmeiras que tudo indica está saindo do castigo e me dará boas alegrias em 2014.

 

* Membro da Academia Douradense de Letras; foi vereador, secretário do Estado e deputado federal. E-mail: wguerra@terra.com.br