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/ PECUÁRIA
À cerimônia de anúncio de certificação ocorreu durante a 92ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris.

Após anos de trabalho contínuo, desde a restituição do status sanitário do MS, que envolveu o fortalecimento do sistema de vigilância sanitária, implantação de um programa de fiscalização de divisas e fronteiras, implementação do plano de comunicação, e investimentos em estrutura e contratação de pessoal, Mato Grosso do Sul alcança hoje um marco histórico: o reconhecimento como área livre de febre aftosa. “Isso representa um novo patamar para a pecuária sul-mato-grossense, que já era de excelência, de qualidade, mas que agora atinge novo status”, comemorou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, presente hoje (29), à cerimônia de anúncio de certificação ocorrida às 5h20 (horário de MS) e 11h20 (horário da França), durante a 92ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris.

 

Uma comitiva do Governo do Estado liderada pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, acompanhou a solenidade ao lado do secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável, Rogério Beretta, do diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal) Daniel Ingold, e equipe técnica. Também participaram da cerimônia a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o presidente da Famasul Marcelo Bertoni e o deputado estadual Paulo Corrêa, representando a Assembleia Legislativa do Estado.

 

Além de Mato Grosso do Sul, outros 20 estados brasileiros e o Distrito Federal também receberam o status sanitário durante o evento. Até então, apenas Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso detinham esse reconhecimento.

 

“É um momento histórico para Mato Grosso do Sul. Em 2005 tivemos a reintrodução do vírus da febre aftosa no Estado. Desde então, estruturamos nossas equipes, reforçamos as unidades de fiscalização, investimos na educação sanitária do produtor e mantivemos campanhas sistemáticas de vacinação. Nos últimos dois anos, suspendemos a vacinação e seguimos todos os protocolos internacionais. Agora, com o reconhecimento oficial da OMSA, abrimos uma nova etapa para o Estado, tanto do ponto de vista da sanidade animal quanto da ampliação de mercados”, destacou o secretário Jaime Verruck.

 

Para o Sindicato Rural de Campo Grande, o reconhecimento da OMSA reforça a imagem de Mato Grosso do Sul como produtor confiável e competitivo no cenário internacional. O presidente da entidade, Eduardo Monreal, afirma que a certificação não é apenas um feito sanitário, mas uma conquista estratégica para o agronegócio como um todo.

“É um avanço histórico. A área livre de aftosa sem vacinação significa acesso a mercados mais exigentes, com maior valor agregado e menor barreira comercial. É o tipo de conquista que só acontece com planejamento, união e confiança entre produtores, técnicos e governo. O produtor rural sul-mato-grossense está de parabéns”, afirma Monreal.

 

Ele lembra que a capital, Campo Grande, concentra um número expressivo de propriedades pecuárias e frigoríficos exportadores, e que o novo status sanitário deve impulsionar ainda mais a economia regional.

“Com essa chancela, o Estado se torna ainda mais competitivo no cenário internacional, beneficiando desde o pequeno produtor até grandes grupos da cadeia produtiva. É hora de nos prepararmos para aproveitar as novas oportunidades”, acrescenta o presidente do SRCG.

 

De acordo com o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, a conquista é resultado do esforço conjunto com o Ministério da Agricultura e do comprometimento com o PNEFA – Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.

 

“A Iagro teve papel fundamental em todas as etapas do processo: vigilância epidemiológica, controle de doenças, certificação sanitária, fiscalização, educação sanitária e ações de fronteira. Coletamos mais de 8 mil amostras de bovinos e ampliamos nossa equipe com mais de 50 novos fiscais agropecuários concursados. Essa conquista coroa o trabalho técnico e integrado feito nos últimos anos”, ressaltou Ingold.

 

Fonte: Semadesc